quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sucesso ... Ai, se eu te pego!

Vem cá, por que tanto estardalhaço por conta do Michel Teló? Ele está fazendo sucesso com uma letra banal de refrão grudento e ritmo dançante. E daí? Isso por acaso é novidade no Brasil? Por favor, vamos segurar o Tchan, cada um no seu quadrado? Deixem o menino em paz! Ele tá feliz, fazendo o que gosta e, melhor!, ganhando a vida com isso. E fez sua primeira turnê internacional! Viva ele!
O Tom Jobim costumava dizer que no Brasil sucesso é ofensa pessoal. Sucesso internacional, então… Depois de ler a carta que o Bruno Medina escreveu ao Teló e navegar por vários textos na internet (todos comentando o sucesso da música, alguns pesando a mão na agressividade), resolvi escrever também. Como disse meu amigo Igor Henrique no Facebook, o brasileiro que fala mal do cara é o mesmo que paga fortunas para ver shows de bandas internacionais de talento duvidoso, com músicas muito piores do que “Ai, Se Eu te Pego”. Por que a gente pode consumir músicas grudentas de gringos e os gringos não podem fazer o mesmo com um produto nosso? Calma, gente… É só uma música!
 Vi agora o clipe no You Tube. É simples, muito simples, e o cara tem um carisma absurdo (e carisma é parceiro do sucesso, andam de mãos dadas, certo?). Ele é magnético, tem uma boa voz e a música se resume a um refrão-chiclete. Ponto final. Sucesso é isso. E o bacana do sucesso é que ele não tem porquê, não tem fórmula.
Existem músicas melhores que deveriam fazer o mesmo sucesso estrondoso? Sim, certamente. Assim como muitas cantoras infinitamente melhores do que a Britney Spears também poderiam estar por aí, brilhando sem playback e enchendo o cofrinho de dinheiro. Mas aprendi cedo que a vida não é justa. E que a sorte conta muito; assim como a persistência.
Caetano, Chico, Beatles, Elvis… Todos geniais. E todos criticados em algum momento. Não estou comparando Michel Teló a eles, claro que não!, estou apenas dizendo que sucesso sempre vai gerar críticas. E que bom que a gente vive numa democracia, onde todo mundo que tem uma opinião formada sobre tudo pode mostrar essa opinião a quem quer que seja nas redes sociais e nos blogs. Mas crítica é crítica, agressividade é outra coisa. Não gosta da música? É só não ouvir, caramba!

Como dizia o filósofo, a inveja é o maior dos elogios.

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