Vem cá, por que tanto estardalhaço por conta do Michel Teló? Ele está fazendo sucesso com uma letra banal de refrão grudento e ritmo dançante. E daí? Isso por acaso é novidade no Brasil? Por favor, vamos segurar o Tchan, cada um no seu quadrado? Deixem o menino em paz! Ele tá feliz, fazendo o que gosta e, melhor!, ganhando a vida com isso. E fez sua primeira turnê internacional! Viva ele!
O Tom Jobim costumava dizer que no Brasil sucesso é ofensa pessoal. Sucesso internacional, então… Depois de ler a carta que o Bruno Medina escreveu ao Teló e navegar por vários textos na internet (todos comentando o sucesso da música, alguns pesando a mão na agressividade), resolvi escrever também. Como disse meu amigo Igor Henrique no Facebook, o brasileiro que fala mal do cara é o mesmo que paga fortunas para ver shows de bandas internacionais de talento duvidoso, com músicas muito piores do que “Ai, Se Eu te Pego”. Por que a gente pode consumir músicas grudentas de gringos e os gringos não podem fazer o mesmo com um produto nosso? Calma, gente… É só uma música!
Vi agora o clipe no You Tube. É simples, muito simples, e o cara tem um carisma absurdo (e carisma é parceiro do sucesso, andam de mãos dadas, certo?). Ele é magnético, tem uma boa voz e a música se resume a um refrão-chiclete. Ponto final. Sucesso é isso. E o bacana do sucesso é que ele não tem porquê, não tem fórmula.
Existem músicas melhores que deveriam fazer o mesmo sucesso estrondoso? Sim, certamente. Assim como muitas cantoras infinitamente melhores do que a Britney Spears também poderiam estar por aí, brilhando sem playback e enchendo o cofrinho de dinheiro. Mas aprendi cedo que a vida não é justa. E que a sorte conta muito; assim como a persistência.
Caetano, Chico, Beatles, Elvis… Todos geniais. E todos criticados em algum momento. Não estou comparando Michel Teló a eles, claro que não!, estou apenas dizendo que sucesso sempre vai gerar críticas. E que bom que a gente vive numa democracia, onde todo mundo que tem uma opinião formada sobre tudo pode mostrar essa opinião a quem quer que seja nas redes sociais e nos blogs. Mas crítica é crítica, agressividade é outra coisa. Não gosta da música? É só não ouvir, caramba!
Como dizia o filósofo, a inveja é o maior dos elogios.
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