Incrível essa capacidade que eu tenho de transformar até a ida para um barzinho com os amigos em motivo de textos. Juro que eu não gosto de ser assim, juro que eu não gosto de dentro da minha mente analizar tantas coisas aparentemente banais, juro que não gosto de não conseguir relaxar e aproveitar, como dizem, cem por cento de tudo que eu faço, mas eu sou assim né? Acho que me aceitar já é uma página virada. Eu vi tantos casais hoje, vi tantas pessoas conhecidas (até aquelas que eu daria tudo para não ver) acompanhadas, vi tantas pessoas se atracando como animais .. Enfim, vi tantas pessoas felizes, de acordo com suas respectivas concepções de felicidade, com outras pessoas que tenho que admitir: me deu uma pontinha de inveja. Mesmo que não seja por necessidade e sim por opção, foi meio triste ter consciência de que eu estava lá sozinha. Tudo bem, eu não estava infeliz, muito pelo contrário, mas me senti um pouco triste. Quando minha cabeça já estava girando e trabalhando para acabar com a minha noite, quando meu ânimo estava chegando ao nível zero e quando meus olhos começaram a arder, eu lembrei dos motivos que me levaram a aquela situação. Eu já tive algum tipo de relacionamento, mesmo um "oi, seu cabelo é bonito" e partir para o abraço, com garotos MA-RA-VI-LHO-SOS! Daqueles que você olha e diz: "Uau! Que gato!", mas confesso que nem tinha graça ficar com eles. Tá, assumo! Eu já tive algum tipo de relacionamento, mesmo um "oi, seu cabelo é bonito" e partir para o abraço, com garotos muito feios também. Feios e sem graças, o cúmulo dos cúmulos. Se você é feio, por favor, ou tenha charme, ou seja legal. Pode ser os dois também. Já fiquei ao lado de alguém por me sentir na obrigação com os sentimentos da outra pessoa, já fiquei só para fazer lista, já fiquei porque a pessoa era legalzinha, já fiquei porque me senti na pressão de, já fiquei por carência. Em todas essas vezes e outras que fatalmente me fogem da memória agora, eu me senti o mais horrível monstro do mundo! O que de fato acontece é que sem tesão não dá! Nada dá! Em todos os sentidos, de verdade. Nos relacionamentos, na vida profissional ou escolar, na vida pessoal sei lá. Tesão, por favor! Tesão não está ligado a um rostinho bonito, a uma roupa legal, a um papo interessante, muito menos a piedade, tesão é um conjunto, um aglomerado. Confesso, como tantas vezes já o fiz, que os garotos que tiraram o meu chão não tinham o padrão de beleza. Mas eles tinham charme. Alguma coisa mágica quando eu os encontrava, o coração desesperado, a cabeça girando, o jeito de falar ou andar, o sorriso tímido ou escrachado, o jeito de me tratar, o jeito de se ajeitar, os assuntos certos nas horas certas, ter a capacidade de me fazer rir principalmente com coisas meio retardadas, a vontade de colocá-los dentro de mim e protegê-los de todo o resto do mundo, o desejo de agarrar e nunca mais soltar, de estar junto o mais próximo possível, enfim, sentia o famoso tesão em ficar com eles. Alguma coisa diferente neles fazia eu ficar doidinha. Essas pessoas modernas aí estao com essa moda de ferormônios agora, mas eu continuo votando no tesão. Já passei da fase de me contentar com dois beijinhos e um tchau, mereço mais. Não vejo mais graça em ficar por ser bonito, para fazer lista ou qualquer outro motivo idiota como estes, agora só com tesão. Não é necessariamente gostar, mesmo que esteje interligado, mas sim ter aquele frio que percorre todo o corpo, aquele enjoo, aquela tremedeira, aquela sensação de que o mundo diminuiu. Não acho que ficar por ficar seja errado, e nem vou crucificar quem o faz porque eu adoro me trair, mas é uma coisa que eu evito a todo o custo agora. Não virei lésbica, não sou retardada, nem estou encalhada, muito pelo contrário, depois disso recebi muito mais valor. Apenas penso que não me sentiria bem em estar abraçada naquele bar com um "Zé Ninguém", penso que contaria os segundos para ir embora e pensaria zilhões de vezes se aquilo realmente estava me fazendo bem. Creio que as pessoas podem não se interessar a primeira vista mas começar um relacionamento sem o mínimo de tesão é pedir para não ir a frente. Não consigo e nem quero. Mas eu pago um preço caro por isso. Eu me apego demais, alguma vezes me sinto carente, na maioria das vezes fico de vela e demoro para desencanar de alguém, porém tudo isso é compensado por aquele beijo realmente esperado. Voltei a mim naquela mesa de bar, um pouco incomodada ainda, mas consciente da minha opção de vida. Eu sei que você existe. Eu sei que o homem que vai realmente me tirar do sério, que vai ser compatível com o que tem que ser compatível em mim, que vai bater de frente comigo só porque ser feliz toda hora cansa, que vai me dar os beijos mais gostosos, que vai fazer com que eu não saiba diferenciar o céu dos seus braços existe. Sei que ele não vai aparecer se eu não me permitir, mas sei também que ele não vai aparecer em meio ao meu desespero. A única coisa que eu sei e posso dizer enquanto ele não vem é que sem tesão não dá.
Beijos com sono :*
Juliana Lopes Fernandes
Escrevendo, eu falo pra caralho, não é? (Caio Fernando Abreu)
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Ah, se eu fosse a Márcia Goldsmith ...
Nunca vi uma entrevista com alguém desconhecido, mas eu falo tanto de você, eu penso tanto em você, eu respiro tanto você que metade do mundo deve te conhecer. Ou ao menos pensam que te conhecem, assim como eu pensei. Olhando nos seus olhos, já não sei onde está aquele menino que me esperava sempre no mesmo lugar, para a gente sempre fazer as mesmas coisas e eu sempre sentir que, apesar de todos apesares, o que eu mais queria era estar sempre ali, descobrindo a cada segundo um motivo novo para gostar tanto assim dele. Eu começaria perguntando como você se chama, mesmo que eu ainda tenha aquela folha que você rabiscou e esqueceu com o escudo do flamengo e o seu nome. Perguntaria quantos anos você tem, mesmo que eu tenha decorado a data do seu aniversário e queira te abraçar e dizer o quanto eu desejo que você seja feliz, mesmo que ser feliz não combine com estar comigo. Falaria durante horas, só para disfarçar o quanto o meu coração ainda bate forte ao seu lado. Por fim, perguntaria se você não lembra nem um pouquinho ainda de mim, mas desligaria o microfone e iria embora antes da resposta final. Eu sou covarde, assumo. Tenho medo de nunca mais poder lembrar de você como sempre lembro, e inventar tantos finais felizes para o que eu mais desejei que nunca tivesse final.
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Feliz 15 anos, Cadu =)
Vocês não imaginam a felicidade que esse papelzinho todo amassado traz consigo! Hoje tive o prazer de fazer uma das melhores ações da minha vida! Fui fazer umas compras pra minha mãe e estacionei a moto na rua e logo apareceu um morador de rua dizendo:
▬ Moça, pode deixar que eu olho. Boa tarde!
E eu disse:
▬ Ta certo. Boa tarde!
E ai voltando ao local estacionado ele me disse:
▬ Moça, desculpa porque sou assim, sei que muitos não gostam.
E eu lhe disse:
▬ Não tem o que desculpar! Você tem que ser assim mesmo.
Ele olhou pra mim e disse:
▬ Moça, se você for me dar dinheiro, ao invés de me dar o dinheiro, eu prefiro que você vá ali comigo comprar comida!
Não pensei duas vezes e disse:
▬ Vamos lá, eu vou com você.
Ele abriu logo o sorriso, atravessamos o sinal e ele me disse:
▬ Moça, só é um pouco longe.
E percebi que estávamos perto de uma padaria e lhe disse:
▬ Estou um pouco atrasada, tem algum problema se a gente for lá na padaria?
E ele com um sorriso enorme me disse:
▬ Lógico que não! Chamei pra ir lá porque é mais barato! Mas, só posso tá sonhando porque adoro bolo e justo hoje que é meu aniversário terei a oportunidade de comer um.
E então parei um pouco... fiquei sem ação e lhe perguntei:
▬ Hoje é seu aniversário?
E ele disse:
▬ É sim, hoje estou fazendo 15 anos.
E então olhei pra ele e disse:
▬ Parabéns Rapaz, tudo de bom! Que Deus te ilumine sempre.
E ele meio que sem graça olhou pra mim, soltou um sorriso e disse:
▬ Muito obrigado! É o primeiro parabéns que recebo hoje e acredito que será o único.
Fiquei novamente um pouco sem reação e lhe disse chegando a padaria:
▬ Não seja por isso, parabéns novamente! Hahaha pode escolher o que você quiser.
Fiquei observando e ele pegou pão de queijo, um bolo de rolo, um refrigerante e um cupcake e aí fui pagar... quando saímos da padaria dei tudo a ele e disse mais uma vez:
▬ Parabéns e fique com Deus!
E ele olhou pra mim e disse pra eu esperar. Olhei pra ele e ele disse:
▬ Esse bolinho que peguei (cupcake) é pra você! Como você foi a primeira a me dar parabéns queria te dar o primeiro pedaço do bolo.
E ai foi que deu vontade de chorar... olhei pra ele e disse:
▬ Muito obrigada! É uma honra receber o primeiro pedaço, faz tempo que não recebo! Mas, ficaria mais feliz se você ficasse pra você.
E ele com os olhos brilhando disse:
▬ Era o mais bonito da padaria, tá com uma cara que tá muito bom! Vou ficar com ele então que estou com muita fome.
Soltei uma risada e disse:
▬ Muito bem! Vou indo! Fica com Deus e se cuida!
E ai a ultima coisa que ele me disse foi:
▬ Obrigado por se preocupar comigo e desculpa incomodar!
E assim, ele me ajudou a sair da vaga! Essa é a história de Carlos Eduardo que hoje completa 15 anos. Palavra nenhuma expressará tamanha felicidade que senti em ter a oportunidade de deixar o dia dele um pouco mais feliz, ou menos triste como queiram falar. Obrigada Deus!
▬ Moça, pode deixar que eu olho. Boa tarde!
E eu disse:
▬ Ta certo. Boa tarde!
E ai voltando ao local estacionado ele me disse:
▬ Moça, desculpa porque sou assim, sei que muitos não gostam.
E eu lhe disse:
▬ Não tem o que desculpar! Você tem que ser assim mesmo.
Ele olhou pra mim e disse:
▬ Moça, se você for me dar dinheiro, ao invés de me dar o dinheiro, eu prefiro que você vá ali comigo comprar comida!
Não pensei duas vezes e disse:
▬ Vamos lá, eu vou com você.
Ele abriu logo o sorriso, atravessamos o sinal e ele me disse:
▬ Moça, só é um pouco longe.
E percebi que estávamos perto de uma padaria e lhe disse:
▬ Estou um pouco atrasada, tem algum problema se a gente for lá na padaria?
E ele com um sorriso enorme me disse:
▬ Lógico que não! Chamei pra ir lá porque é mais barato! Mas, só posso tá sonhando porque adoro bolo e justo hoje que é meu aniversário terei a oportunidade de comer um.
E então parei um pouco... fiquei sem ação e lhe perguntei:
▬ Hoje é seu aniversário?
E ele disse:
▬ É sim, hoje estou fazendo 15 anos.
E então olhei pra ele e disse:
▬ Parabéns Rapaz, tudo de bom! Que Deus te ilumine sempre.
E ele meio que sem graça olhou pra mim, soltou um sorriso e disse:
▬ Muito obrigado! É o primeiro parabéns que recebo hoje e acredito que será o único.
Fiquei novamente um pouco sem reação e lhe disse chegando a padaria:
▬ Não seja por isso, parabéns novamente! Hahaha pode escolher o que você quiser.
Fiquei observando e ele pegou pão de queijo, um bolo de rolo, um refrigerante e um cupcake e aí fui pagar... quando saímos da padaria dei tudo a ele e disse mais uma vez:
▬ Parabéns e fique com Deus!
E ele olhou pra mim e disse pra eu esperar. Olhei pra ele e ele disse:
▬ Esse bolinho que peguei (cupcake) é pra você! Como você foi a primeira a me dar parabéns queria te dar o primeiro pedaço do bolo.
E ai foi que deu vontade de chorar... olhei pra ele e disse:
▬ Muito obrigada! É uma honra receber o primeiro pedaço, faz tempo que não recebo! Mas, ficaria mais feliz se você ficasse pra você.
E ele com os olhos brilhando disse:
▬ Era o mais bonito da padaria, tá com uma cara que tá muito bom! Vou ficar com ele então que estou com muita fome.
Soltei uma risada e disse:
▬ Muito bem! Vou indo! Fica com Deus e se cuida!
E ai a ultima coisa que ele me disse foi:
▬ Obrigado por se preocupar comigo e desculpa incomodar!
E assim, ele me ajudou a sair da vaga! Essa é a história de Carlos Eduardo que hoje completa 15 anos. Palavra nenhuma expressará tamanha felicidade que senti em ter a oportunidade de deixar o dia dele um pouco mais feliz, ou menos triste como queiram falar. Obrigada Deus!
"Politicamente correto" o cacet... Digo, "uma ova" !
Sei que algumas pessoas me consideram “politicamente correta” - algumas, tratando a expressão elogio; outras, com desprezo e deboche. Sinceramente, não me considero elogiada... Acho esse negócio de “politicamente” uma tremenda bobagem. O que diabos quer dizer o advérbio nessa expressão? Mas acho que se pode, sim, discutir o que é correto e incorreto no trato com as pessoas, e isso inclui a linguagem. Até parece que as palavras não têm importância nenhuma... Se não tivessem, não ficaríamos tão felizes com algumas que nos são ditas e tão furiosos com outras. E como há muitas sutilezas, muitas divergências, há tantas discussões a respeito. Tempos atrás, usei a palavra “velho” em uma redação de Educação Física. Eu dizia que é um absurdo haver pessoas - no caso, eram torcedores enfurecidos - capazes de agredir um velho; que é um sinal gritante de problemas na sociedade o fato de já não respeitarmos velhos, mulheres e crianças. Pois bem, recebi uma bronca do professor, para quem eu não devia dizer “velho”, e sim usar a palavra “idoso”. Que eu acho feia, metida, forçada. Pra mim, velho não é ofensa, tanto quanto novo ou jovem não é elogio - é só circunstância! Eu quero ficar velha! Adoooro roupa velha, meus livros velhos, casas velhas... Mas há palavras que realmente prefiro não usar, e recomendo que as pessoas não usem - incluindo meus colegas . E quer ver como vocês vão entender e concordar comigo? Tanto que, de fato, elas foram praticamente abolidas. “Leproso” e “lepra”, por exemplo, têm uma carga tão pejorativa, tão negativa, que não são mais usadas. É melhor falar em “hanseníase” - uma doença com tratamento e cura. O mesmo vale para “aidético”. Isso lá é jeito de se referir a alguém? O sujeito não “é aidético”. Como definir alguém pela doença que tem?? Há muitos anos não se fala em “mongolóides”, ainda bem! Como já está quase esquecido, eu talvez nem devesse lembrar que o termo era usado para descrever as pessoas com Síndrome de Down. Era ou não era horroroso? Eu ainda batalho pela exclusão ou pelo menos o uso cuidadoso de algumas outras palavras. “Viciado” é uma delas. “Vício” tem o sentido de defeito moral; é o oposto de virtude... Mas dependência é uma doença, não uma “fraqueza moral”. Além disso, é comum usar “viciado” para se referir ao usuário de drogas que não é dependente, o que é um erro grave de informação e serve para aumentar ainda mais a confusão em torno do tema. (Aliás, outro dia ouvi uma pessoa dizer que tem um projeto com “dependentes de drogas e alcoólatras”... Como se os últimos não fossem dependentes de uma droga também! “Droga” é outra palavra meio mal usada...). Existem mil outras palavras que deveriam ser banidas. O famoso “doutor”, por exemplo, para se dirigir a ricos, engravatados e autoridades... O “excelência” que é obrigatório por regimento quando um vereador se dirige a outro no plenário.... É tão forçado que fica ridículo. Uma discussão séria sobre palavras aconteceu outro dia, por causa da famosa desavença entre Grafite e o argentino Desabato. Afinal, dirigir-se a alguém como “negro” é ofensivo? Depende... José Geraldo Couto, em texto brilhante na Folha, resumiu: “Entre o “minha nega” dito com afeto por um homem apaixonado e o “sua negra” dito com rispidez por uma patroa há um abismo cavado por séculos de história”. Perfeito, não?
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Quem manda nessa porra agora, sou eu !
Escute coração, duramente muito tempo acreditei ser movida por suas vontades, que cada palpitação era algum motivo para meus olhos inundarem de brilho e que cada lembrança que você me forçava a relembrar era motivo pra recomeçar.
Eu ousei por dias sem fins escutar você, seguir o caminho que indicava ser o certo. Hoje, me encontro aqui, com alguns arrependimentos na bagagem, uma passagem comprada para lugar nenhum e várias direções sem saída a minha frente.
Por que coração? Por que insistes nessa luta contra a razão? Por que queres o que não pode ter? E por que quando tem não demonstra valor? Lembre-se que por trás disto tudo estou eu, alguém sentimentalista e que acredita em amor verdadeiro.
Desta vez te peço para não vir com surpresas, muito menos com brincadeiras que não trazem graça alguma. Eu quero ser feliz coração, viver em paz com meus próprios sentimentos e sonhos calmos que alegrem meu amanhecer.
Então, depois de tudo que passamos juntos eu espero que você entenda que todas as marcas que tenho são consequências de tudo que você quis viver sem minha permissão, agora é hora de parar um pouco com o egoísmo e acreditar mais em mim, para que nós dois finalmente sejamos felizes juntos.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Em algum lugar, infelizmente longe de mim

Sim, precisarei apenas deste meio em que nos conhecemos, aquele que nos uniu não pela beleza, muito menos pelo tom da voz, mas sim pelas palavras, pelos gestos que muitas vezes não chegaram com a força verdadeira.
Me vejo aqui, sozinha, longe de todos aqueles que colocam cor na minha vida, lembrei de você, da forma comum como nos adicionamos no msn, das poucas palavras trocadas pelo receio de ser mais uma pessoa em meio a uma lista de desconhecidos, mas não foi.
O tempo passou, as afinidades surgiram, os conhecimentos sobre a vida um do outro, os desabafos e com eles os primeiros conselhos, e assim o que muitos não acreditam e tão pouco levam adiante se fez verdadeiro, a nossa amizade virtual.
Confesso que sempre fui receosa nessa questão, já conheci pessoas que hoje fazem parte da minha vida, mas outras que de certa forma quero esquecer, mas com você foi diferente.
Nunca nos importamos com enorme distância, nem com o fato de não sabermos realmente como o outro é, fotos não tem vida, apenas nos revelam como somos, todos nós necessitamos de contato físico, de carinho, de sorrisos momentâneos, de fotografias para colocarmos em alguma rede social.

Hoje, quase todos os meus amigos se tornaram virtuais, pois mesmo aqueles que sempre estiveram comigo estão longe e a distância não é nenhuma destruidora de sentimentos, mas sim, uma fiel aliada para mostrarmos se o que sentimos é realmente verdadeiro.
Vezes me vi relendo históricos e muitas delas os salvando para jamais esquecer de tudo que passamos, históricos esses que já me fizeram chorar de saudade daquela pessoa que nem ao mesmo eu conheço, na verdade conheço sim e sem medo de dizer, confio e tenho por ela um carinho enorme.
Enfim, quero dizer que o prazer de ter você todos os dias aqui do outro lado da tela, em seus momentos de gracinhas ou em momentos de tristezas fazem de mim uma pessoa feliz por saber que você faz parte da minha vida, mesmo na maioria das vezes virtualmente.
Obrigada por cada e-mail enviado, obrigada por cada depoimento, por cada palavra digitada, por cada música gravada, por cada declaração salva. Obrigada pelas tardes de conversa, pelas madrugadas de risadas e pelos todos os planos feitos. Obrigada por você gostar de mim, mesmo tão longe assim. Obrigada, sem mesmo me conhecer direito aceitar vir de tão longe (BH) passar esse fim de semana comigo e com Deus, espero revê-lo em breve. TE AMO DEMAIS!
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Era uma vez minha primeira vez
A minha história com o Thiago tinha tudo para dar errado. Eu implicava com o coitado até dizer chega. Primeiro por ele ter acabado de completar 18 anos, ou seja, era um menino de quase 17, o que significava que além de bobão era só três anos mais velho que eu, e sempre gostei de caras mais velhos. Como se não bastasse, por causa do infeliz me vi na obrigação de de deixar de lado um dia de diversão com minhas melhores amigas para fazer um programa família com ele e meus pais.
Eu explico. O pobre coitado tinha acabado de voltar para o Rio depois de quase três anos no exterior. A minha mãe, que o considerava um sobrinho, quis mostrar a ele como estava a cidade tanto tempo depois, e me pediu para ir junto. Ela era amiga de infância da mãe dele, estudaram juntas desde pequenas e jamais perderam o contato. Sempre achei isso bacana, preservar amigos de colégio. As duas são como irmãs até hoje.
Eu e o Thiago nunca fomos muito chegados. Brincávamos quando nossas mães se visitavam, até nos divertíamos, mas era meio esquisito estar com ele. Não tínhamos os mesmos interesses, os mesmos papos. Um exemplo? Numa tarde chuvosa, ele me chamou em seu quarto para me mostrar uma "coisa rara". Fiquei curiosa e fui. O idiota tinha pousado uma meleca no papel higiênico para me mostrar como "melecas podem ser gigantes e assustadoras".
Éca-ti! Mil vezes éca-ti!
É por essas e outras coisas que não sei se quero ter filho homem.
A gente cresceu e ele continuou na dele, desengonçado, deslocado, tímido demais para o meu gosto. Sem molho, sem veneno, sem sal.
Deu para perceber que eu implicava mesmo com o bichinho, né?
Agora que você já sabe o meu grau de antipatia em relação ao Thiago, pode presumir que eu poderia ficar mais dois séculos e meio sem vê-lo que nem notaria sua ausência. E também pode entender claramente o quão irritada eu fiquei ao saber desse programa que me tomaria o dia inteiro.
Não estava com a menor vontade de sorrir para ele, de dar boas-vindas. Queria mesmo é ter coragem de me comportar como uma vaca durante todo o período em que eu estivesse com ele. Mas sempre fui boa filha, e a mamãe, uma fofa. Nunca me pedia nada. Por isso, decidi que tentaria parecer simpática, e riria das piadas sem graça ditas por ele. Essas coisas que a gente faz para viver pacificamente em sociedade.
Entrei no carro com a cara amarrada do meu lado avesso e a minha cara falsamente fofa e feliz do lado de fora. Partimos rumo ao Leblon, onde o chato, sem graça, sem alça, sem veneno e sem sal do Thiago morava.
Qual não foi minha surpresa ao ver Thiago!
Ele tinha se tornado um cara e tanto, com músculos em profusão, um cabelinho que era uma loucura, barbinha rala e sensacional por fazer, e a pele vermelhinha de sol. Era praticamente uma mistura de Brad Pitty e Caio castro. Não ... Bem melhor que isso.
Em dois segundos, girei meu rosto e pus sua melhor versão para fora: Um semblante muito, muito simpático mesmo, e um olhar pisca-pisca de libélula apaixonada. Quando ele abriu a boca, percebi que o Thiago que conheci criança tinha ficado no passado (yes, baby! Yesss!, comemorei). O Thiago era conversado, arriscava vez ou outra umas piadinhas verdadeiramente engraçadas, era espirituoso, cavalheiro (abriu a porta para mim e para minha mãe na saída do restaurante, very goooood!)
Ah! O menino era ou não era tudo na vida de uma pessoa? Era ou não era?
E pensar que passei algumas horas do dia chateadíssima, resmungando o martírio que seria sair com o cara. Tadinho!
Quando chegamos ao edificio em que ele morava com os pais, arrisquei:
▬ Você ja foi ao Jardim Botânico desde que voltou?
▬ Eu não vou ao Jardim Botânico desde que tenho 10 anos.
▬ Que vergonha, Thiago! - Exclamei, toda charmosa. ▬ O que você acha de ir comigo lá amanhã? Continua divino! É de chorar.
Marcamos.
No dia seguinte, acordei com uma vontade enorme de me sentir a menina mais linda do mundo. E nada melhor do que se sentir bonita por dentro para ficar bonita por fora. Claro que o que eu queria era que o Thiago me achasse a mais bela das belas. Joguei todas as roupas estilo piquenique em cima da cama. Além dos biquínis, claro. Afinal, já que íamos ao Jardim Botânico, porque não uma esticadinha até o Horto para um banho de cachoeira?
Até porque, não era dar muito mole chamar o cara para um banho de cachoeira numa tarde de quarta-feira, só nós dois, eu e ele, ele e eu, era?
Sim, era. Muito. Muito mesmo!
Ah, e daí? Estava disposta a ver até onde iria meu interesse por ele (e o dele por mim).
Marcamos no Jardim Botânico.
Quando cheguei, ele estava sentado numa mesinha bebendo um refrigerante e beliscando uns pães de queijo.
Lindoooooo!
Aproveitei a distração dele, cheguei por traz e tapei seus olhos. Contato físico nessas horas é importantíssimo. O cara sente seu cheiro, sua respiração... Aos 15 anos, eu achava que sabia tudo de conquista. E sabia mesmo! Porque não podia reclamar, os meninos gostavam da minha pessoa. E a minha pessoa gostava dos meninos. Nunca tive problema com o sexo oposto.
▬ Se você acertar quem é, ganha um beijo! – eu disse.
Nossa!, eu estava impossível mesmo!
▬ É a menina mais bonita da Barra?
Ooooowwwnnnn, fiz em pensamento.
Que menino fofo!
Passeamos pelo Jardim Botânico e falamos de tudo. Paramos. Sentamos num banquinho branco. Ele encostou no meu braço. Eu me aproximei dele. Ele aproximou-se de mim e botou as mãos na minha nuca.
Ui!
Que frio na barriga me deu nesse momento, você não pode imaginar.
Claro que você pode, como eu sou tolinha, rs
Nos beijamos, foi incrível. Nossas bocas se encaixaram com uma harmonia impressionante, que beirava a perfeição. Sem contar que o Thiago era exatamente o dicionário que define como carinhoso.
Com a cara mais sonsa do mundo, arrisquei:
▬ O que você acha de um banho de cachoeira antes de irmos para a casa?
Seu olhar hesitante quase me pregou uma peça, mas, para meu alívio, ele respondeu assim a minha proposta:
▬ Maravilha!
A água estava gelada, gelada daquela que endurece até os músculos quando a gente se molha. Não conseguia parar de olhar para ele, de fazer dengo pra ele. Suas covinhas, seu tom de voz, seu andar, tudo nele me atraía. Ele era inteligente, me fazia rir. Eu não planejava amar ninguém antes dos 18 anos!
Amar sem ser amada é a pior coisa do mundo desde que o mundo é mundo. Ainda mais quando você tem 15 anos. Mas não pense que num primeiro momento eu admiti de que amava o Thiago. Imagina! Para mim, inventei a mentira de que apenas gostava muito, muito do seu beijo e de sua beleza interior. E de que era bom, muito bom, ficar com ele e conversar com ele. E estar com ele. E rir com ele. Só isso!
▬ E aí, estão namorando? – Perguntou minha mãe pela milésima vez!
▬ Não, mãe! A gente só estar ficando!
Ficamos uns três, quatro meses cada vez mais juntos até nos declararmos perdidamente apaixonados, no dia do meu aniversário de 16 anos.
Éramos o retrato do casal feliz. Ele precisava do tempo que passou sozinho. Eu precisava amadurecer aquele sentimento estranho que me queimava a barriga e se chamava amor.
Em oito meses de namoro, nós não nos desgrudávamos, vivíamos juntos para cima e para baixo. Com ou sem amigos por perto, mas sempre unidos.
Marcamos de comemorar o nosso nono mês juntos no Jardim Botânico. Fomos ao parque e de lá rumo à cachoeira onde tudo começou. Como estava vazia, rolou ali mesmo nossa primeira vez, cercada de verde arbustos providenciais e muita paz.
Ninguém chegou, ninguém passou (se passou não fez barulho), nem os mosquitos atazanaram. Ficamos lindamente a sós, num momento que eu jamais vou esquecer, a água da cachoeira caindo, nossos corpos unidos num amor que eu jamais imaginei que conseguiria sentir, de tão grande e intenso...
Minha primeira vez foi extraordinária. Mais que isso. Tudo deu certo, a cumplicidade e o carinho eram tantos que parecia que fazíamos aquilo há anos. Thiago foi paciente, carinhoso, e eu nem fiquei nervosa. Foi natural como deve ser. Sem dor (quase), sem medo.
Ficamos juntos por mais 7 meses, depois que Thiago entrou na faculdade a relação começou a esfriar e o Thiago a se distanciar. Hoje, é com grande orgulho que digo que aquele amor enorme e com cara de eterno deu lugar a uma amizade maravilhosa.
Eu dou até conselhos amorosos para ele, que ficou ainda mais bonito com o passar dos anos e voltou a tomar gosto pela arte do beijar mulheres variadas. Ele diz que ainda sente ciúmes de mim e não é maduro o bastante para me dar dicas masculinas. Mesmo depois de tanto tempo, ainda existe uma bolsa de apostas que prevê a nossa volta. Já ensaiamos voltar algumas vezes, mas, na boa, acabou. O encantamento acabou. Terminamos sem mágoas, com o respeito intacto de um pelo outro.
O amor da minha vida virou “o” amigo da minha vida. E eu sou muito feliz com isso.
Mesmo porque estou conhecendo um carinha aí que ...
Ah! Deixa pra lá. Isso já é outra história, fica para um próximo texto. ;)
Eu explico. O pobre coitado tinha acabado de voltar para o Rio depois de quase três anos no exterior. A minha mãe, que o considerava um sobrinho, quis mostrar a ele como estava a cidade tanto tempo depois, e me pediu para ir junto. Ela era amiga de infância da mãe dele, estudaram juntas desde pequenas e jamais perderam o contato. Sempre achei isso bacana, preservar amigos de colégio. As duas são como irmãs até hoje.
Eu e o Thiago nunca fomos muito chegados. Brincávamos quando nossas mães se visitavam, até nos divertíamos, mas era meio esquisito estar com ele. Não tínhamos os mesmos interesses, os mesmos papos. Um exemplo? Numa tarde chuvosa, ele me chamou em seu quarto para me mostrar uma "coisa rara". Fiquei curiosa e fui. O idiota tinha pousado uma meleca no papel higiênico para me mostrar como "melecas podem ser gigantes e assustadoras".
Éca-ti! Mil vezes éca-ti!
É por essas e outras coisas que não sei se quero ter filho homem.
A gente cresceu e ele continuou na dele, desengonçado, deslocado, tímido demais para o meu gosto. Sem molho, sem veneno, sem sal.
Deu para perceber que eu implicava mesmo com o bichinho, né?
Agora que você já sabe o meu grau de antipatia em relação ao Thiago, pode presumir que eu poderia ficar mais dois séculos e meio sem vê-lo que nem notaria sua ausência. E também pode entender claramente o quão irritada eu fiquei ao saber desse programa que me tomaria o dia inteiro.
Não estava com a menor vontade de sorrir para ele, de dar boas-vindas. Queria mesmo é ter coragem de me comportar como uma vaca durante todo o período em que eu estivesse com ele. Mas sempre fui boa filha, e a mamãe, uma fofa. Nunca me pedia nada. Por isso, decidi que tentaria parecer simpática, e riria das piadas sem graça ditas por ele. Essas coisas que a gente faz para viver pacificamente em sociedade.
Entrei no carro com a cara amarrada do meu lado avesso e a minha cara falsamente fofa e feliz do lado de fora. Partimos rumo ao Leblon, onde o chato, sem graça, sem alça, sem veneno e sem sal do Thiago morava.
Qual não foi minha surpresa ao ver Thiago!
Ele tinha se tornado um cara e tanto, com músculos em profusão, um cabelinho que era uma loucura, barbinha rala e sensacional por fazer, e a pele vermelhinha de sol. Era praticamente uma mistura de Brad Pitty e Caio castro. Não ... Bem melhor que isso.
Em dois segundos, girei meu rosto e pus sua melhor versão para fora: Um semblante muito, muito simpático mesmo, e um olhar pisca-pisca de libélula apaixonada. Quando ele abriu a boca, percebi que o Thiago que conheci criança tinha ficado no passado (yes, baby! Yesss!, comemorei). O Thiago era conversado, arriscava vez ou outra umas piadinhas verdadeiramente engraçadas, era espirituoso, cavalheiro (abriu a porta para mim e para minha mãe na saída do restaurante, very goooood!)
Ah! O menino era ou não era tudo na vida de uma pessoa? Era ou não era?
E pensar que passei algumas horas do dia chateadíssima, resmungando o martírio que seria sair com o cara. Tadinho!
Quando chegamos ao edificio em que ele morava com os pais, arrisquei:
▬ Você ja foi ao Jardim Botânico desde que voltou?
▬ Eu não vou ao Jardim Botânico desde que tenho 10 anos.
▬ Que vergonha, Thiago! - Exclamei, toda charmosa. ▬ O que você acha de ir comigo lá amanhã? Continua divino! É de chorar.
Marcamos.
No dia seguinte, acordei com uma vontade enorme de me sentir a menina mais linda do mundo. E nada melhor do que se sentir bonita por dentro para ficar bonita por fora. Claro que o que eu queria era que o Thiago me achasse a mais bela das belas. Joguei todas as roupas estilo piquenique em cima da cama. Além dos biquínis, claro. Afinal, já que íamos ao Jardim Botânico, porque não uma esticadinha até o Horto para um banho de cachoeira?
Até porque, não era dar muito mole chamar o cara para um banho de cachoeira numa tarde de quarta-feira, só nós dois, eu e ele, ele e eu, era?
Sim, era. Muito. Muito mesmo!
Ah, e daí? Estava disposta a ver até onde iria meu interesse por ele (e o dele por mim).
Marcamos no Jardim Botânico.
Quando cheguei, ele estava sentado numa mesinha bebendo um refrigerante e beliscando uns pães de queijo.
Lindoooooo!
Aproveitei a distração dele, cheguei por traz e tapei seus olhos. Contato físico nessas horas é importantíssimo. O cara sente seu cheiro, sua respiração... Aos 15 anos, eu achava que sabia tudo de conquista. E sabia mesmo! Porque não podia reclamar, os meninos gostavam da minha pessoa. E a minha pessoa gostava dos meninos. Nunca tive problema com o sexo oposto.
▬ Se você acertar quem é, ganha um beijo! – eu disse.
Nossa!, eu estava impossível mesmo!
▬ É a menina mais bonita da Barra?
Ooooowwwnnnn, fiz em pensamento.
Que menino fofo!
Passeamos pelo Jardim Botânico e falamos de tudo. Paramos. Sentamos num banquinho branco. Ele encostou no meu braço. Eu me aproximei dele. Ele aproximou-se de mim e botou as mãos na minha nuca.
Ui!
Que frio na barriga me deu nesse momento, você não pode imaginar.
Claro que você pode, como eu sou tolinha, rs
Nos beijamos, foi incrível. Nossas bocas se encaixaram com uma harmonia impressionante, que beirava a perfeição. Sem contar que o Thiago era exatamente o dicionário que define como carinhoso.
Com a cara mais sonsa do mundo, arrisquei:
▬ O que você acha de um banho de cachoeira antes de irmos para a casa?
Seu olhar hesitante quase me pregou uma peça, mas, para meu alívio, ele respondeu assim a minha proposta:
▬ Maravilha!
A água estava gelada, gelada daquela que endurece até os músculos quando a gente se molha. Não conseguia parar de olhar para ele, de fazer dengo pra ele. Suas covinhas, seu tom de voz, seu andar, tudo nele me atraía. Ele era inteligente, me fazia rir. Eu não planejava amar ninguém antes dos 18 anos!
Amar sem ser amada é a pior coisa do mundo desde que o mundo é mundo. Ainda mais quando você tem 15 anos. Mas não pense que num primeiro momento eu admiti de que amava o Thiago. Imagina! Para mim, inventei a mentira de que apenas gostava muito, muito do seu beijo e de sua beleza interior. E de que era bom, muito bom, ficar com ele e conversar com ele. E estar com ele. E rir com ele. Só isso!
▬ E aí, estão namorando? – Perguntou minha mãe pela milésima vez!
▬ Não, mãe! A gente só estar ficando!
Ficamos uns três, quatro meses cada vez mais juntos até nos declararmos perdidamente apaixonados, no dia do meu aniversário de 16 anos.
Éramos o retrato do casal feliz. Ele precisava do tempo que passou sozinho. Eu precisava amadurecer aquele sentimento estranho que me queimava a barriga e se chamava amor.
Em oito meses de namoro, nós não nos desgrudávamos, vivíamos juntos para cima e para baixo. Com ou sem amigos por perto, mas sempre unidos.
Marcamos de comemorar o nosso nono mês juntos no Jardim Botânico. Fomos ao parque e de lá rumo à cachoeira onde tudo começou. Como estava vazia, rolou ali mesmo nossa primeira vez, cercada de verde arbustos providenciais e muita paz.
Ninguém chegou, ninguém passou (se passou não fez barulho), nem os mosquitos atazanaram. Ficamos lindamente a sós, num momento que eu jamais vou esquecer, a água da cachoeira caindo, nossos corpos unidos num amor que eu jamais imaginei que conseguiria sentir, de tão grande e intenso...
Minha primeira vez foi extraordinária. Mais que isso. Tudo deu certo, a cumplicidade e o carinho eram tantos que parecia que fazíamos aquilo há anos. Thiago foi paciente, carinhoso, e eu nem fiquei nervosa. Foi natural como deve ser. Sem dor (quase), sem medo.
Ficamos juntos por mais 7 meses, depois que Thiago entrou na faculdade a relação começou a esfriar e o Thiago a se distanciar. Hoje, é com grande orgulho que digo que aquele amor enorme e com cara de eterno deu lugar a uma amizade maravilhosa.
Eu dou até conselhos amorosos para ele, que ficou ainda mais bonito com o passar dos anos e voltou a tomar gosto pela arte do beijar mulheres variadas. Ele diz que ainda sente ciúmes de mim e não é maduro o bastante para me dar dicas masculinas. Mesmo depois de tanto tempo, ainda existe uma bolsa de apostas que prevê a nossa volta. Já ensaiamos voltar algumas vezes, mas, na boa, acabou. O encantamento acabou. Terminamos sem mágoas, com o respeito intacto de um pelo outro.
O amor da minha vida virou “o” amigo da minha vida. E eu sou muito feliz com isso.
Mesmo porque estou conhecendo um carinha aí que ...
Ah! Deixa pra lá. Isso já é outra história, fica para um próximo texto. ;)
Assinar:
Postagens (Atom)